Cabo Verde celebra hoje, 05 de julho de 2025, o seu 50º aniversário de independência, marcando meio século desde o fim do regime colonial português. As comemorações contam com a presença de chefes de Estado e um vasto programa cultural, reflectindo a importância histórica da data para o arquipélago.
Entre os dignitários internacionais, destacam-se os presidentes de países lusófonos: Marcelo Rebelo de Sousa de Portugal e Umaro Sissoco Embaló da Guiné-Bissau. A Lusa reportou também a presença de Diomaye Faye, presidente do vizinho Senegal, e do Grão-Duque Henrique do Luxemburgo, país que é um dos principais parceiros de cooperação de Cabo Verde e que acolhe uma grande comunidade de emigrantes cabo-verdianos.
Ainda de acordo com fontes ligadas às celebrações, a Secretária-Geral Adjunta das Nações Unidas, Amina Mohammed, e a Primeira-Ministra de Moçambique, Maria Benvinda Levy, também são aguardadas para o evento.
As cerimónias oficiais tiveram início às 9h locais com a tradicional deposição de coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral, em homenagem ao líder da independência. Em seguida, uma sessão solene na Assembleia Nacional que contou com a intervenção de representantes das bancadas parlamentares e do Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves.
Durante a tarde, um desfile das forças de segurança abrilhantou as ruas da capital. Para as 18h, está agendada uma sessão evocativa com a participação de todos os chefes de Estado convidados, que discursarão em frente ao Quartel Jaime Mota, no centro histórico da Praia.
Paralelamente às celebrações protocolares, um programa cultural diversificado foi iniciado na sexta-feira e se estenderá até o dia 13 de julho. A agenda inclui espetáculos musicais, conferências, exposições, mostras de cinema, um festival gastronômico e uma feira do livro, proporcionando uma imersão na rica cultura cabo-verdiana.
A independência de Cabo Verde foi oficialmente declarada em 5 de julho de 1975, em uma cerimônia histórica no Estádio da Várzea, na actual baixa da cidade da Praia, um marco que mudou para sempre o destino do país.