A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou oficialmente uma situação de fome em Gaza, a primeira ocorrência do tipo no Médio Oriente. A declaração, feita na sexta-feira, confirma o agravamento da crise humanitária no território palestiniano, que se estende por meses, após a ofensiva militar israelita iniciada em outubro de 2023.
De acordo com a agência de notícias Lusa, o Quadro Integrado de Classificação da Segurança Alimentar (IPC), um organismo da ONU com sede em Roma, estima que cerca de 500 mil pessoas em Gaza enfrentam uma situação “catastrófica”. Esta fase é marcada por fome extrema, miséria generalizada e um alto risco de morte.
O IPC confirmou que a fome já está em andamento em Gaza e alerta que ela deve se espalhar para as regiões de Deir el-Balah e Khan Yunis até o final de setembro. A declaração da ONU reforça os diversos alertas emitidos nos últimos meses por organizações humanitárias sobre a situação crítica enfrentada pela população de Gaza.
A escalada da crise humanitária é um reflexo direto do conflito em curso, que tem limitado severamente o acesso a alimentos, água, assistência médica e outros bens essenciais, impactando a vida de milhões de pessoas.