A Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco) registou, desde Junho, a morte de 1.087 civis em actos de violência nas províncias de Ituri e Kivu do Norte, informou a Prensa Latina.

O representante especial do secretário-geral da ONU na RDC e chefe da força, Bintou Keita, relatou o facto ao Conselho de Segurança, enfatizando que a paz no país continua a ser uma promessa, pois existem lacunas entre o progresso nos documentos assinados e a realidade no terreno.

Em reunião realizada no dia anterior, Keita explicou a situação actual no leste do Congo, marcada pela violência de centenas de grupos armados e pela ocupação de territórios pela Aliança do Rio Congo-Movimento 23 de Março (AFC/M23), com a qual os confrontos continuam.

Apesar das decisões do Conselho de Segurança e do progresso representado pelo acordo assinado em Washington entre a RDC e o Ruanda, e pela Declaração de Princípios entre o Governo congolês e os rebeldes AFC/M23, não há um verdadeiro cessar-fogo.

Keita também lamentou a falta de financiamento para ajuda às populações vulneráveis, que aumenta diariamente devido à violência e ao deslocamento.

Em 8 de Setembro, o Plano de Resposta Humanitária de 2025, com US$ 2,54 bilhões destinados a ajudar 11 milhões de pessoas, permanecia severamente subfinanciado, com apenas 14,8% do financiamento arrecadado.

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