Investimentos sul-africanos em petróleo e gás no valor de 1,6 mil milhões de dólares foram suspensos devido à contestação judicial por parte de grupos ambientalistas, ilustrando a resistência que as empresas energéticas enfrentam por parte das organizações da sociedade civil no país.

Segundo informou a Bloomberg, desde 2021, cinco projectos de exploração offshore foram “suspensos e/ou adiados” na África do Sul como resultado de acções judiciais movidas por organizações não-governamentais (ONG), afirmou o ministro de Recursos Minerais e Petróleo do país, Gwede Mantashe, em resposta a perguntas parlamentares.

Grupos ambientalistas e comunitários opuseram-se aos projectos por motivos que vão desde o perigo que tais actividades representam para a vida marinha até processos inadequados de consulta pública. Um processo movido contra a Shell Plc chegou ao Tribunal Superior do país, onde se aguarda uma decisão.

Mantashe criticou os grupos, defendendo a exploração petrolífera e citando inúmeros estudos sísmicos realizados nos últimos anos. A África do Sul depende em grande parte das importações de petróleo e gás para satisfazer a procura.

Mais explorações estão previstas por grandes empresas petrolíferas, incluindo a TotalEnergies, numa vasta bacia que inclui descobertas de petróleo na vizinha Namíbia. Isto poderá acontecer já no próximo ano, de acordo com a empresa francesa.
As preocupações das ONG são consideradas durante os processos de avaliação ambiental e campanhas de sensibilização da comunidade, de acordo com o Departamento de Recursos Minerais e Petróleo na sua resposta.

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