Mais de 400 detidos em protestos por melhoria dos serviços em Marrocos. O porta-voz do Ministério do Interior, Rachid el-Jalfi, precisou que foram detidas 409 pessoas, explicando que “os indivíduos que persistiram em violar as medidas de segurança foram tratados de acordo com a lei”, embora “alguns” tenham sido libertados após concluído o procedimento judicial.
Segundo o responsável, várias regiões registaram nos últimos dias manifestações e concentrações não autorizadas na via pública, em resposta a apelos “de origem desconhecida” divulgados nas redes sociais.
Perante a situação, as forças de segurança dispersaram os ajuntamentos em cumprimento da legislação.
Rachid el-Jalfi referiu que alguns protestos conheceram “uma escalada perigosa, que atentam contra a segurança e a ordem pública”, ao transformarem-se em concentrações “violentas”, nas quais foram utilizadas armas brancas, ‘cocktails molotov’ e pedras, de acordo com a agência noticiosa MAP que citou o porta-voz.
No âmbito das manifestações foram contabilizadas 286 pessoas feridas, 263 delas elementos das forças de segurança, e 23 manifestantes, segundo a versão oficial.
Além disso, registaram-se vários incêndios e mais de 140 viaturas das forças de segurança, bem como cerca de 20 automóveis particulares, sofreram danos graves.
O porta-voz acrescentou que vários manifestantes invadiram repartições públicas, estabelecimentos comerciais, agências bancárias e outros locais, onde terão cometido atos de saque e vandalismo.
O representante do Ministério do Interior referiu ainda que os protestos incluíram o bloqueio de uma ambulância que se dirigia para socorrer feridos.
As mobilizações, convocadas pelos grupos “GenZ 212” e “Morocco Youth Voice”, apartidários, reuniram milhares de pessoas em mais de uma dezena de cidades para denunciar a corrupção e criticar as verbas atribuídas pelo Governo a eventos desportivos — incluindo a organização do Mundial de Futebol de 2030 — face à situação crítica dos serviços de educação e saúde e à taxa de desemprego no país.
Entre as exigências estão a melhoria da qualidade educativa, a formação e a melhoria das condições laborais dos docentes, bem como a universalidade da cobertura de serviços de saúde e a modernização dos centros hospitalares. O acesso a medicamentos a preços acessíveis é outra das reivindicações.
Além disso, os jovens exigem a luta contra a corrupção a todos os níveis do Governo, justiça social e económica, igualdade de oportunidades, criação de emprego jovem e apoio a pequenas empresas.
As manifestações, as mais participadas em Marrocos desde os protestos que abalaram a região do Rif entre 2016 e 2017, começaram no fim de semana, após os apelos dos dois grupos, que defenderam protestos “pacíficos e civilizados”, convocados através de plataformas como Instagram, TikTok e Discord.
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