A taxa de desemprego em Cabo Verde desceu para 7,5% no primeiro semestre, correspondendo a cerca de 17 mil pessoas, menos 1,3 pontos percentuais que no mesmo período de 2024, anunciou nesta terça-feira (7) o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No primeiro semestre, segundo a imprensa local, o desemprego afectou de forma similar homens e mulheres, mas foi mais elevado no meio urbano (7,9%) do que no meio rural (5,8%).
“O sector terciário continua a ser o que mais absorve a mão-de-obra”, nota o INE, sendo responsável por 68,9% dos empregos das 211 015 pessoas que compõem a população empregada.
Os trabalhos mais comuns estão na área de comércio, reparações de automóveis e motociclos, seguindo-se o ramo da construção e o sector de alojamento e restauração.
“O sector empresarial privado continua a ser o maior empregador em Cabo Verde, absorvendo 45,6% dos empregados, seguido de trabalhadores por conta própria (21,6%) e da administração pública (18,6%)”, acrescentou o INE.
É considerado empregado quem tenha 15 anos ou mais e tenha exercido uma actividade económica de pelo menos uma hora na semana de referência, mediante o pagamento de uma remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar, em dinheiro, em bens ou em géneros.
Um total de 98 069 empregados trabalhavam na informalidade, representando 46,5% da população empregada.
Este grupo inclui trabalhadores familiares sem remuneração, empregados por conta de outrem sem benefícios sociais e empregadores ou trabalhadores por conta própria em regime informal.
Por faixas etárias, o desemprego é mais elevado entre os jovens de 15 a 24 anos (14,9%), situando-se nos 8,4% entre 25 e 34 anos, 7,5% entre 35 e 64 anos e 7,5% entre maiores de 65 anos.
A população activa de Cabo Verde está estimada em 228 139 pessoas, cerca de 60,9% da população total. Nas ilhas com maior turismo, como Sal e Boa Vista, essa percentagem aproxima-se dos 80%.