Um colóquio sobre “a construção da liberdade e das independências dos países de língua portuguesa – influências mútuas” decorreu, na última quinta-feira, 09 em Lisboa, organizado para celebrar os 50 anos das independências dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Organizado pelo Secretariado Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o colóquio serviu de reflexão sobre os 50 anos de transformações político-diplomáticas, sociais e culturais nos países que partilham a língua comum.

Na abertura do evento, a secretária executiva da CPLP, Maria de Fátima Jardim, referiu ser possível, no seio da organização, encontrar respostas e propostas que permitam fortalecer a unidade e construir alianças que continuem a traduzir-se em acções concretas e resultados positivos.

Sublinhou que os diferentes heróis, líderes, actores sociais e cidadãos partilham exemplos de superação e progresso, celebrando páginas históricas que honram o caminho dos respectivos povos.

Durante o colóquio, registaram-se intervenções de Artur Silva, representante permanente da Guiné-Bissau junto da CPLP, país que assume a presidência em exercício da organização, e António de Almeida Lima, representante permanente de Portugal, e Victor Fortes, secretário-geral da Liga Africana em Portugal.

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, Ana Isabel Xavier, dirigiu uma mensagem aos participantes, referindo que, passados 50 anos, reflectir sobre a construção da liberdade e das independências dos países africanos de língua portuguesa é reconhecer uma história partilhada, um património comum de resistência e de esperança.

O colóquio constituiu um espaço de reflexão sobre as lutas de libertação nacional, os impactos da Revolução dos Cravos e o percurso das nações lusófonas, após a conquista da independência, indica uma nota de imprensa do Secretariado Executivo da CPLP, realçando que o evento lembrou as conquistas políticas e sociais alcançadas e os desafios que persistem no caminho do desenvolvimento.

Durante o colóquio realizou-se uma mesa redonda sobre o tema “Um balanço partilhado”, moderada por Pedro Oliveira, com intervenções de Augusto Nascimento, Edalina Sanches, Clara Carvalho, Ruy Blanes e Alexandra Dias, das universidades de Lisboa e Nova de Lisboa.

Por seu lado, o professor Ivan Lima, da Universidade do Porto, reflectiu sobre o tema “O Brasil e as Independências”.

Encerrou o colóquio, que contou com a participação de membros do corpo diplomático, altos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros português e do Secretariado Executivo da CPLP, historiadores, académicos e jornalistas, Ana Paula Zacarias, directora do Instituto Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, que realçou o contributo do evento para o enriquecimento do conhecimento histórico sobre as antigas colónias portuguesas em África e para o fortalecimento da memória colectiva lusófona.

A Guiné-Bissau alcançou a sua independência, em 1973, e Cabo Verde, Moçambique, Angola e São Tomé e Principe, em 1975. 

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