O Cine Estúdio do Namibe, na cidade de Moçâmedes, que estava inacabado há cerca de 50 anos, foi sexta-feira inaugurado pelo Presidente da República, João Lourenço.

 Durante o acto, o Chefe de Estado disse que o espaço cultural vai ser uma mais-valia para as populações da província do Namibe.

“É uma obra que começou no tempo colonial, em 1975, e ficou paralisada até aos dias de hoje”, afirmou, tendo agradecido à empresa japonesa Toyota Tsusho Corporation, que concluiu a construção do Cine Estúdio do Namibe, no âmbito da sua responsabilidade social.

Rebaptizado com o nome “Cine Estúdio Centro Cultural Mussungo Bitoto”, o espaço está, agora, apto para receber os fazedores de artes que decidirem escolher o local para apresentação dos seus trabalhos.

O governador do Namibe, Arger Mangueira, referiu que a inauguração do Cine, a poucos dias de o país completar 50 anos de Independência, simboliza a reabertura do que chamou de portas de um sonho que resistiu ao tempo, à guerra, ao silêncio e que volta, agora, a erguer-se renovado como símbolo de memória de identidade e do compromisso com o futuro das jovens gerações.

“As suas paredes vazias tornaram-se para várias gerações de namibenses símbolo daquilo que poderia ter sido e daquilo que um dia voltaria a ser, para o orgulho de cada um dos filhos desta terra. Meio século depois, esse dia chegou e chegou porque o Projecto Integrado de Desenvolvimento da Baía de Moçâmedes não se limitou a erguer importantes terminais portuários e infra-estruturas logísticas, realçou.

Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Toyota Tsusho Corporation, Ichiro Kashitani, ressaltou que, apesar de o edifício estar em silêncio por muitos anos, não deixou de representar um símbolo da valorização da cultura de várias comunidades que compõem a província do Namibe.

“Vimos e reconhecemos que o Cine Estúdio é um centro de criatividade, intercâmbio artístico e transmissão de cultura para as próximas gerações, razão pela qual decidimos investir no âmbito da nossa responsabilidade social”, afirmou.

O director provincial da Cultura e Turismo, Aurélio Ngulawa, avançou que o gabinete que lidera vai levar a cabo, nos próximos tempos, um encontro de trabalho com a classe artística da província, no sentido de unificar ideias que concorram para o bom funcionamento da infra-estrutura.

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