O Presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu hoje desenvolver esforços para libertar o jornalista desportivo Christophe Gleizes, condenado a sete anos de prisão na Argélia por “apologia do terrorismo”.

“Continuaremos a trabalhar com as autoridades argelinas para alcançar a libertação e o seu regresso a França o mais depressa possível”, disse Macron na China, onde se encontra em visita oficial, numa mensagem divulgada em Paris pela presidência.

Macron, que manifestou “profunda preocupação” pela confirmação da pena em recurso, expressou-se na mesma linha adoptada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros na quarta-feira à noite, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

Um tribunal de recurso do país do norte de África confirmou na quarta-feira a condenação de Gleizes a sete anos de prisão por “apologia do terrorismo”.

A diplomacia francesa deplorou num comunicado que “a plena cooperação com as autoridades argelinas e as explicações fornecidas” pela defesa do jornalista não tivessem servido para alterar o veredicto.

“Apelamos à sua libertação e aguardamos uma solução favorável, a fim de que possa reencontrar-se rapidamente com os entes queridos”, disse o ministério dos Negócios Estrangeiros.

O ministério recordou ainda a defesa que a França faz “em todo o mundo da liberdade de imprensa”.

Gleizes entrou na Argélia com um visto de turista, mas com a intenção de efectuar várias reportagens desportivas, algo que a lei do país penaliza com uma multa.

Foi detido Maio de 2024, em Tizi Ouzou, a cerca de cem quilómetros a leste da capital, acusado de glorificar o terrorismo e de possuir publicações com fins propagandísticos prejudiciais aos interesses argelinos.

Gleizes entrou em contacto com o presidente do clube de Tizi Ouzou, figura destacada do Movimento de Autodeterminação da Cabília (MAK), uma organização berbere separatista considerado terrorista por Argel.

O jornalista foi condenado, em Junho, a sete anos de prisão e a Procuradoria-Geral pediu para aumentar a pena para 10 anos, mas sentença pronunciada em primeira instância foi confirmada pelo tribunal de recurso.

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