Luanda, Angola, 7 de Abril de 2025 – Hoje, Angola junta-se à comunidade global para celebrar o Dia Mundial da Saúde, dedicado à saúde materna e infantil, sob o lema “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos”. Este dia comemora a fundação da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948 e serve para apelar às comunidades, organizações e governos para trabalharem em conjunto na defesa de ações que possam melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas em todo o mundo.

Este ano, o Dia Mundial da Saúde, realizado sob o tema “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos”, é um lembrete solene da nossa responsabilidade colectiva de pôr fim às mortes maternas e neonatais evitáveis e de dar prioridade, a longo prazo, à saúde e ao bem-estar das mulheres e das crianças.

Apesar dos avanços significativos, as mortes maternas e de recém-nascidos continuam a ser um problema crítico. Todos os anos, cerca de 300 mil mulheres morrem em todo o mundo por causas relacionadas com a gravidez e mais de dois milhões de bebês morrem no primeiro mês de vida. Na região africana da OMS, morrem 20 mães e 120 recém-nascidos a cada hora, num total de 178 mil mortes maternas e um milhão de mortes de recém-nascidos por ano.

Estas estatísticas representam vidas reais perdidas, famílias desfeitas e futuros perturbados. A OMS apela à intensificação dos esforços dos governos, do setor privado da saúde, da sociedade civil e dos parceiros de desenvolvimento para garantir o acesso a cuidados de saúde de qualidade e equitativos, especialmente em países com baixos rendimentos e em contextos vulneráveis.

Indrajit Hazarika, Representante da OMS em Angola, salienta que: “O Dia Mundial da Saúde é uma oportunidade para celebrar os progressos notáveis alcançados na área da saúde e para defender ações urgentes que permitam enfrentar os desafios profundos que persistem. Este ano, centramo-nos na saúde materna e infantil, dado que, a cada sete segundos, em algum lugar do mundo, ocorre uma morte evitável de uma mulher ou de uma criança. Não se trata apenas de números; representam vidas reais perdidas, famílias destruídas e futuras interrompidas.”

Angola progrediu significativamente na saúde materna e infantil, reduzindo a mortalidade neonatal de 24 para 16 mortes por 1.000 nados vivos, a mortalidade infantil de 44 para 32 mortes por 1.000 nados vivos e a mortalidade de menores de cinco anos de 68 para 52 mortes por 1.000 nados vivos. No entanto, subsistem desafios, nomeadamente no que diz respeito à cobertura dos cuidados pré-natais e à assistência de parto aos partos.

Para melhorar significativamente a saúde materna e infantil e proteger as mães e os seus bebés, a OMS incentiva o Executivo e os parceiros a investirem em serviços de saúde materna e neonatal de grande impacto, a garantirem o acesso equitativo a cuidados de qualidade, a adoptarem leis que protejam os direitos à saúde, a abordarem as desigualdades sociais e económicas e a reforçarem a responsabilização e a inovação.

O Plano Estratégico Integrado para a Saúde Sexual, Reprodutiva, Materna, Neonatal, Infantil, do Adolescente e Nutricional (SRMNIA-N), recentemente desenvolvido, é uma ferramenta essencial para orientar a cobertura universal de intervenções de grande impacto e qualidade, com vista a reduzir a mortalidade materna e infantil e a melhorar o estado nutricional da população.

O Plano está alinhado com a Declaração de Luanda, adoptada em Junho de 2022, e fornece orientação política para implementar o “compromisso nacional com a saúde das crianças e das mulheres, bem como a luta contra as principais doenças endémicas”.

Hazarika acrescenta: “Investir na saúde materna e neonatal gera retornos econômicos substanciais, para além de salvar vidas, com estimativas que geram sugerem que cada dólar investido pode um retorno de 7 dólares. para dar prioridade à saúde e ao bem-estar das mulheres a longo prazo em Angola.”

A OMS renova o seu compromisso de apoiar Angola na melhoria da saúde materna e infantil, garantindo que cada início de vida saudável conduza a um futuro promissor para as crianças, famílias e comunidades.

Sobre a OMS:

A Organização Mundial da Saúde contribui para um futuro melhor para as pessoas em todo o mundo. A boa saúde estabelece a base para comunidades vibrantes e produtivas, economias mais fortes, nações mais seguras e um mundo melhor. Como principal autoridade de saúde dentro do sistema das Nações Unidas, nosso trabalho toca a vida das pessoas em todo o mundo, todos os dias. Em África, a OMS serve 47 Estados-Membros e trabalha com parceiros de desenvolvimento para melhorar a saúde e o bem-estar de todas as pessoas que vivem no nosso continente.

Para informações adicionais, por favor contactar-nos:

 

Responsável de Comunicação OMS em Angola

Telefone: +244 923 614 857

Olívio Gambo

 

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