Mais de uma centena de angolanos reuniu-se nesta sexta-feira em frente ao Consulado Geral de Angola, em Lisboa, para denunciar o que classificam como repressão violenta por parte do governo de João Lourenço. O protesto foi motivado pelas recentes manifestações em Luanda, que resultaram em pelo

No chão, os manifestantes colocaram um caixão, flores e cartazes com imagens das vítimas da greve dos taxistas, desencadeada pelo aumento do preço dos combustíveis. Vestidos de branco e preto, os participantes gritavam palavras de ordem como “Governo assassino” e “Libertem os presos políticos”.

Márcia Branco, uma das organizadoras, criticou a ausência de um pronunciamento oficial do presidente angolano:

“As pessoas foram assassinadas pela Polícia Nacional. O povo não tem armas. Exercemos apenas o nosso direito de nos manifestar”.

A manifestação também foi marcada por críticas ao regime político vigente em Angola. “Estamos há quase 50 anos com a mesma governação. Queremos mudanças”, afirmou Branco. Outros ativistas acusaram o governo de perpetuar a pobreza e a repressão, e pediram atenção internacional para a situação dos direitos humanos no país.

Domingos Ginga, outro manifestante, declarou: “Temos um regime que acha que a força é a única via para se manter no poder. Angola é governada por um ditador”.

O protesto levou ao encerramento temporário do consulado, deixando dezenas de cidadãos sem acesso a serviços consulares. Os organizadores prometeram continuar com as manifestações ao longo da semana, insistindo na entrega de um manifesto às autoridades angolanas.

A Amnistia Internacional já pediu uma investigação sobre o uso excessivo da força durante os protestos em Angola. Enquanto isso, a diáspora angolana em Lisboa promete manter viva a memória das vítimas e a luta por justiça e liberdade.

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