Após quase três anos de suspensão devido à pandemia da Covid-19, a Índia e a China retomaram oficialmente os voos diretos entre os dois países, marcando um novo capítulo no fortalecimento das relações bilaterais. A decisão, anunciada no início desta semana, insere-se num contexto de reaproximação diplomática e de renovação das trocas comerciais entre as duas maiores potências emergentes da Ásia.
Segundo autoridades indianas, as companhias aéreas já receberam autorização para retomar operações em rotas estratégicas que ligam cidades como Pequim, Xangai e Guangzhou a Nova Deli e Mumbai. Para os setores do turismo e dos negócios, a retomada é vista como uma oportunidade de acelerar a circulação de pessoas, bens e serviços, depois de anos de restrições severas que limitaram os contatos entre empresários, investidores e turistas.
Do lado chinês, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sublinhou que a reabertura das rotas aéreas representa não apenas um gesto de confiança, mas também um passo pragmático para reforçar a cooperação econômica. A China continua sendo um dos principais parceiros comerciais da Índia, com intercâmbios bilaterais que superaram os 135 mil milhões de dólares em 2022. A retomada dos voos promete facilitar ainda mais o comércio e atrair novos investimentos em setores como tecnologia, farmacêutica e energias renováveis.
Especialistas em relações internacionais afirmam que a decisão também tem uma dimensão geopolítica importante. Apesar das tensões fronteiriças que marcaram os últimos anos, Índia e China procuram agora preservar os seus interesses econômicos comuns e evitar que disputas políticas comprometam o crescimento regional. A reativação dos voos pode, assim, servir como um sinal de estabilidade para o mercado asiático e para os investidores internacionais.
No setor do turismo, tanto a Índia quanto a China esperam um impacto positivo imediato. A retomada das rotas permitirá a milhares de estudantes, profissionais e turistas voltarem a viajar com maior facilidade, fortalecendo a circulação cultural e acadêmica entre os dois países.
A medida é vista, portanto, como um avanço estratégico, capaz de contribuir para a dinamização das economias locais e, ao mesmo tempo, para o equilíbrio das relações internacionais na Ásia.