A manifestação pacífica de imigrantes, que se desenrolava na tarde de quarta-feira junto à Assembleia da República, ganhou um novo e tenso capítulo com a inesperada chegada de André Ventura, líder do partido Chega. O encontro culminou em fortes protestos e acusações diretas, transformando um evento tranquilo numa cena de contestação acesa.

Enquanto os manifestantes se preparavam para deixar a área, a presença de Ventura no local, acompanhado por deputados do seu partido, a PSP e a sua segurança pessoal, desencadeou uma reação imediata. Os gritos de “fascista” e “racista” ecoaram na multidão, acompanhados pelo lema “Portugal é de quem trabalha”. A manifestação, que até então seguia um curso calmo, tornou-se um palco de confronto ideológico.

Em resposta às hostilidades, André Ventura manteve-se firme, declarando aos jornalistas: “A lei serve para quem quer cumprir regras. A lei visa pôr regras, não vamos desistir”. A curta permanência de cerca de quinze minutos de Ventura no local, sob a proteção de um forte esquema de segurança, intensificou o clima de animosidade, com os manifestantes a expressarem a sua indignação de forma veemente.

O incidente levanta questões sobre o papel e a presença de figuras políticas em manifestações sociais e evidencia a crescente polarização em torno das questões de imigração em Portugal. A controvérsia em torno da aparição de Ventura sublinha as tensões existentes e a divisão de opiniões que marcam o debate público actual.

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