A Cidade do Vaticano anunciou nesta segunda-feira, 21 de Abril, com profundo pesar, o falecimento do Papa Francisco. A notícia da sua morte surge poucas horas depois de o Sumo Pontífice ter feito uma aparição pública no domingo, dia 20 de abril, na janela da Basílica de São Pedro para a tradicional bênção Urbi et Orbi. Apesar de ainda se encontrar em recuperação de uma persistente infecção respiratória, o Papa fez questão de marcar presença, um gesto que agora ganha contornos ainda mais significativos.

Francisco ascendeu ao papado em 2023 e, durante o seu relativamente curto pontificado, deixou uma marca indelével na Igreja Católica. Os últimos meses foram particularmente desafiadores para o líder religioso, que travou uma batalha contra uma pneumonia que o debilitou fisicamente.

Nascido em Buenos Aires, Argentina, a 17 de dezembro de 1936, Jorge Mario Bergoglio fez história ao tornar-se o primeiro jesuíta a liderar a Igreja Católica. O seu papado foi caracterizado por uma clara tentativa de injetar modernidade numa instituição com séculos de tradição. Nomeações de mulheres para cargos de maior relevância e uma abertura cautelosa a questões como o acolhimento de divorciados e homossexuais geraram debates acalorados e críticas por parte dos sectores mais conservadores da Igreja.

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Desde o início do seu pontificado, Francisco demonstrou uma postura de humildade e desapego material. Na sua primeira missa enquanto Papa, dirigiu-se aos cardeais pedindo perdão a Deus por o terem ido buscar “ao fim do mundo”, uma frase que ressoou globalmente e que definiu o tom do seu papado. A sua voz firme contra os excessos do capitalismo também se tornou uma marca distintiva do seu pontificado.

O falecimento do Papa Francisco abre agora um período de luto e expectativa para os milhões de católicos em todo o mundo, enquanto a Igreja se prepara para o processo de escolha do seu sucessor.

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