10 Anos de Caminhada Jornalística Uma Carta à Juventude, à Verdade e ao Futuro
Hoje, com o coração cheio e a alma em estado de reflexão, comemoro 10 anos de exercício da profissão que abracei com fé, suor e coragem: o jornalismo.
Do primeiro microfone que segurei com nervosismo, até os dias em que me tornei uma referência para outros, percorri um caminho que não foi fácil, mas foi profundamente digno. E cada obstáculo foi um mestre, cada reportagem foi um livro, cada história contada uma ponte entre mim e o povo.
Ser jornalista é ser ponte. É ser farol. É ser escudo. É ser alma inquieta.
Nestes 10 anos aprendi que o jornalismo não é apenas o ato de informar. É um ato de resistência. Num mundo onde se manipula a verdade, o jornalista é o guerreiro da palavra. É quem escolhe, todos os dias, ficar do lado da transparência, da ética e da justiça mesmo quando isso custa caro.
A cada jovem africano, angolano, de norte a sul, da capital ao interior: o jornalismo precisa de ti. Precisamos da tua visão, da tua energia, da tua criatividade, da tua ousadia. Porque ninguém contará a nossa história melhor do que nós mesmos.
A juventude não pode se afastar do jornalismo ao contrário, deve abraçá-lo com garra. Porque é nesta profissão que se molda a consciência social. É nela que se combate a corrupção, que se amplifica a voz dos esquecidos, que se fortalece a cidadania.
E a ti que tens dúvidas se vale a pena entrar nesta profissão… ou se vale a pena continuar nela, escuta-me com atenção:
Vale a pena, sim! Vale a pena cada noite sem dormir preparando uma pauta. Vale a pena cada confronto com a censura, cada luta contra o silêncio. Vale a pena porque o jornalismo é um ato de amor pela verdade. E a verdade, por mais que a tentem esconder, sempre encontra refúgio na palavra de um jornalista corajoso.
O nosso continente precisa de uma nova geração de jornalistas:
Jornalistas que pensem com liberdade e escrevam com responsabilidade.
Jornalistas que entendam o poder da informação como uma ferramenta de libertação.
Jornalistas que não se vendam, não se curvem e não se calem.
Eu venho da base. Eu também tive medo. Eu também fui subestimado. Mas nunca desisti. E se eu cheguei até aqui, tu também podes.
Aos colegas que resistem todos os dias nos rádios comunitários, nas redações independentes, nas redes sociais, nas trincheiras da verdade recebam o meu respeito. Aos jovens que pensam em desistir, digo: o jornalismo precisa mais do que nunca de vocês. E à sociedade, digo: respeitem o jornalista. Protejam o jornalismo. Valorizem a informação.
Porque sem liberdade de imprensa, não há democracia. E sem jornalistas comprometidos, a história vira apenas propaganda.
Hoje, depois de 10 anos, posso dizer com orgulho: Valeu cada segundo. Vale cada palavra. Vale a pena ser jornalista.
Com coragem, Com fé, Com verdade, Sempa Sebastião Jornalista há 10 anos e ainda apaixonado pela missão. SEMPA SEBASTIÃO ✍️ Do silêncio nasce a luz☀️