Uma área de 800 mil hectares nas províncias de Malanje e Cuanza-Norte será concessionada a empresários brasileiros pelo Governo de Angola para a implantação de um Pólo de Produção Agrícola em grande escala.
De acordo com o JA Online, a novidade foi apresentada em palestra pelo presidente da Câmara de Comércio Angola-Brasil (CCAB), Raimundo Lima que anunciou o facto no GreenFarm, um dos maiores eventos do agro-negócio no Centro-Oeste brasileiro, que decorreu de 17 a 20 deste mês, em Cuiabá, no Parque Novo Mato Grosso, Brasil.
Com base em informações fornecidas a empresários brasileiros pelo ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, disse o líder empresarial, vai ser implantado, em breve, em Angola, “um verdadeiro pólo de intensificação da produção”, mediante a instalação de fazendas para produzir em grande escala, com medidas de estímulo concertadas entre os dois países, que vão para além da concessão da terra.
A definição da estrutura financeira que vai suportar a deslocação de empresários brasileiros para a instalação de grandes fazendas para a produção de grãos já está em fase de preparação.
“A ideia é cultivar principalmente os itens do agronegócio brasileiro nos quais o país se destaca globalmente na exportação, que incluem soja, milho, algodão, laranja e carnes (bovina, de aves e suína), entre outros”, referiu Raimundo Lima.
Para o assentamento dos empresários brasileiros, a área vai ser submetida a um levantamento, a fim de incluir as comunidades locais encontradas, conforme destacou o ministro em recente encontro com a Associação dos Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (Aebran), da qual Raimundo Lima também é presidente.
Na conferência em que participou em modo online, a partir de Luanda, com projeção no telão do GreenFarm, o presidente da CCAB salientou que se trata de um evento do agro-negócio com presença internacional, focando em inovação, sustentabilidade e tecnologia, que se torna um palco para a conexão do mundo com o agro- brasileiro, sendo, portanto, de grande importância a presença deste País africano neste momento em que Angola se prepara para fazer uma verdadeira “revolução no campo”.
Na ocasião em que apresentou no evento internacional as oportunidades de negócios para brasileiros no sector agropecuário de Angola, Raimundo Lima salientou o envolvimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), como instituição brasileira para o financiamento dos equipamentos e da logística fundamental ao investimento, de acordo com encontros mantidos pelo ministro da Agricultura com o seu congênere brasileiro, Carlos Fávaro.
O Fundo Soberano de Angola terá uma comparticipação das garantias do financiamento até à recuperação dos investimentos com o início das exportações dos produtos, como afirmou recentemente às entidades empresariais o ministro Isaac dos Anjos.
Disse que haverá o envolvimento de dois bancos angolanos para o financiamento das operações da logística interna e cobertura de custos locais por um período entre três e cinco anos.
Quanto à absorção da produção, Angola acaba de obter a garantia de um mercado de exportação preferencial para a China de 500 mil toneladas métricas de seus produtos agrícolas excedentes, com possibilidade de ser duplicada essa quantidade.
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