O movimento islamista Hamas deu o primeiro sinal de flexibilidade nas negociações indiretas com Israel para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, ao aceitar entregar as suas armas a um comité conjunto egípcio-palestiniano.
A informação foi avançada à agência EFE por uma fonte palestiniana envolvida nas conversações, que decorrem na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh. No entanto, o grupo rejeita categoricamente a criação de um comité internacional de transição e a nomeação do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair como “governador” de Gaza, duas das principais propostas do plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo a fonte citada, que pediu anonimato devido à sensibilidade das discussões, o Hamas aceitou a entrada na Faixa de Gaza de forças de segurança palestinianas treinadas no Egipto e na Jordânia. Trata-se do primeiro avanço concreto nas negociações indiretas com Israel, que até agora decorrem “numa atmosfera positiva”.
Apesar disso, a organização recusou a presença física de Tony Blair como governador do território, aceitando apenas que possa desempenhar “uma função de supervisão remota”.
O grupo também se opõe à criação de um comité internacional de transição, como havia sido anunciado recentemente pela Casa Branca, com Trump ladeado pelo primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, no âmbito do seu plano de vinte pontos para o pós-guerra em Gaza.
Proposta alternativa sob controlo palestiniano
De acordo com a mesma fonte, o Hamas propõe que uma delegação liderada por Jalil al Haya, chefe da equipa de negociações do movimento, mantenha contactos com Israel através de mediadores regionais. Paralelamente, um segundo grupo negociador trataria com a Autoridade Palestiniana a transferência da administração da Faixa de Gaza para um comité administrativo vinculado ao governo palestiniano.
O grupo exige igualmente um cessar-fogo total em Gaza e no espaço aéreo israelita, para permitir a recolha e entrega dos reféns israelitas ainda detidos. Esse processo, segundo o Hamas, deverá ser concluído no prazo máximo de uma semana.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar, país que participa como mediador, confirmou que a libertação dos reféns “significará o fim da guerra”. Entre os detidos libertados recentemente estão Abera Mengistu e Tal Shoham, de acordo com fontes israelitas.
Hamas quer garantias dos Estados Unidos para os seus líderes
O movimento islamista também reclama o direito de saída para os seus principais dirigentes e exige garantias formais dos Estados Unidos de que não serão perseguidos após o cessar das hostilidades.
As delegações de Israel e do Hamas retomam esta terça-feira à tarde as conversações indiretas sobre a implementação do plano de paz de Donald Trump, após uma primeira ronda concluída na madrugada de hoje “numa atmosfera positiva”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Egipto, Badr Abdelaty, confirmou que o enviado especial de Washington para o Médio Oriente, Steve Witkoff, deverá juntar-se às negociações nas próximas horas.
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