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TRIBUNA DE REFLEXÃO NACIONAL QUANDO INSULTAM A PÁTRIA , QUEM SE CALA ESTÁ DO LADO DO INVASOR

Há momentos na vida de um povo em que não se pode hesitar, não se pode relativizar, não se pode fingir neutralidade. A dignidade de uma nação não é negociável. A história de um povo não é mercadoria. A independência de um país não é matéria de debate estrangeiro. Nos últimos dias, Angola foi alvo de palavras que ultrapassam a crítica política e mergulham no insulto, no desprezo e na tentativa de reduzir a nossa memória coletiva. Um ataque vindo de fora, carregado de arrogância e ignorância histórica, como se a nossa libertação fosse um acidente e não a consequência de sacrifícios que custaram vidas, lágrimas e gerações inteiras.

Mas o que mais dói-sim, dói-não é a ousadia do estrangeiro que nos tenta diminuir. É a postura de alguns entre nós que, cegos pelas suas divergências internas, tornam-se cúmplices desse desprezo. A Linha Que Separa Disputa Política de Traição Moral É legítimo que tenhamos diferenças dentro do nosso país. É saudável. É natural. Mas é perigoso quando deixamos que essas diferenças nos tornem incapazes de reconhecer o limite que separa crítica interna de agressão externa. A pátria não é um partido. A pátria não é um presidente. A pátria não é uma ideologia. A pátria é o chão que pisamos, o sangue que derramámos, a história que herdámos e a dignidade que devemos proteger mesmo quando discordamos entre nós. Quem transforma um ataque à nação num argumento político interno perdeu o norte, perdeu o sentido de responsabilidade, e perdeu a maturidade histórica necessária para ser cidadão de uma República. O Exemplo dos Povos que Sabem Defender o Seu Nome A história do mundo está cheia de exemplos de povos que, mesmo divididos internamente, sabem unir-se diante da ameaça externa.

Durante a Segunda Guerra Mundial, países com ideologias totalmente opostas Estados Unidos, Reino Unido, França, União Soviética, entre outros deixaram de lado rivalidades profundas para enfrentar uma agressão que ameaçava a dignidade humana. Cada um tinha os seus conflitos internos, mas compreenderam uma verdade simples : quando o estrangeiro ataca, primeiro está a pátria, depois discutem-se as diferenças. Também na Iugoslávia, apesar de tensões étnicas e políticas históricas, vários grupos resistiram lado a lado quando foram invadidos por forças estrangeiras. Não porque se amassem, mas porque o amor pela terra fala mais alto do que conflitos internos. Esses povos compreenderam algo que ainda falta a muitos entre nós : quando estamos divididos e um estrangeiro nos ataca, ele ri. Ele zomba. Ele ganha.

A divisão interna diante da agressão externa é a maior fraqueza de um povo. É terreno fértil para manipulação, para humilhação e para a perda da autoridade moral. Angola Não Tem o Direito de Se Rebaixar Angola não é um país inventado. Não é um acaso geográfico. Não é uma nota de rodapé no mundo. Angola é fruto de resistência. É filha de guerrilheiros, de camponeses, de mães que enterraram filhos, de jovens que morreram sem ver a liberdade pela qual lutaram. É uma pátria construída com dor, mas também com dignidade. Por isso é ofensivo, é humilhante, é vergonhoso ver alguns angolanos relativizarem ataques feitos à nossa história apenas para sustentar argumentos de disputa interna. Isso não é rebeldia. Isso não é coragem política. Isso é fraqueza intelectual e submissão emocional.

Um povo só é respeitado quando respeita a si mesmo. E a primeira condição desse respeito é não permitir que um estrangeiro rebaixe aquilo que custou vidas para conquistar. Um Chamado Direto : Ou Defende Angola, ou Defende Quem a Humilha Este é o momento da verdade. Quem desculpa, celebra, aplaude ou justifica insultos à pátria está a tomar posição e a posição é contra Angola. Não existe neutralidade quando um país é atacado. Não existe meio-termo quando a memória é desonrada. Não existe “mas…” quando o respeito pela pátria está em causa. Hoje, mais do que nunca, precisamos lembrar uma verdade simples: a pátria está acima das nossas zungas partidárias, acima dos nossos egos, acima das nossas mágoas, acima das nossas disputas. E se não sermos capazes de nos unir para defender o nome de Angola, então estaremos a entregar aos estrangeiros o que eles mais desejam: um povo dividido, frágil, fácil de manipular. Conclusão : Patriotismo é Dever, Não Opção Que esta tribuna seja um alerta, uma dor, uma bofetada moral se necessário : Quem não sente Angola, não a merece.

Quem não defende Angola, não a honra. Quem relativiza ataques à pátria, não está connosco está contra nós. A pátria exige maturidade. E maturidade exige saber que, quando um estrangeiro nos ataca, não há política há dignidade nacional. Que cada angolano escolha o lado da história em que quer estar.

Por : Sempa Sebastião

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