Moçambique foi alvo de 592 ataques DDoS (Distributed Denial of Service) no primeiro semestre de 2025, de acordo com um estudo internacional da empresa norte-americana NETSCOUT SYSTEMS, INC., especializada em cibersegurança e análise de tráfego digital.
O relatório identifica uma tendência crescente de ataques na África Austral, com destaque para o impacto crescente sobre sectores estratégicos, como telecomunicações e serviços de tecnologia da informação.
Segundo informou o portal Engineering News, a análise, divulgada em Novembro, mostra que nenhum país da região está imune. Embora a África do Sul continue a liderar em volume de ataques, Moçambique surge entre os países mais visados, com incidentes que, embora menos numerosos, podem gerar perturbações significativas, sobretudo em infra estruturas críticas.
O documento refere que os ataques tendem a concentrar-se em países com crescente conectividade digital, como é o caso de Moçambique, que tem apostado na expansão das redes de fibra óptica e no desenvolvimento de data centres. Esta modernização, apesar de essencial para o progresso económico, expõe o País a novos riscos, tornando urgente o reforço da segurança cibernética.
Segundo Bryan Hamman, director regional da NETSCOUT para África, os ciberataques estão a tornar se cada vez mais sofisticados. “As organizações precisam de visibilidade e de estratégias de resiliência para garantir que conseguem resistir a estas ameaças cada vez mais complexas”, afirmou.
A NETSCOUT assinala ainda que os ataques DDoS não se limitam ao volume. Muitos são prolongados no tempo, com durações médias superiores a meia hora, e utilizam múltiplos métodos de ataque simultaneamente, dificultando a mitigação por parte dos operadores de rede.
A par de Moçambique, países como Angola, Zâmbia, Zimbabué e Essuatíni também enfrentaram um número considerável de ataques, evidenciando a crescente exposição da região a campanhas de cibercriminalidade com origem internacional.
O relatório da NETSCOUT reforça o apelo à cooperação entre entidades públicas e privadas para proteger as redes nacionais e assegurar a resiliência da economia digital, cada vez mais interdependente das infra estruturas tecnológicas.
Num contexto em que o País procura acelerar a digitalização da economia e dos serviços públicos, Moçambique tem sido crescentemente apontado como um alvo sensível a ciberataques.
Relatórios recentes, incluindo o da NETSCOUT SYSTEMS, INC., confirmam que as vulnerabilidades no ciberespaço moçambicano são cada vez mais exploradas, com destaque para ataques do tipo DDoS que afectam empresas, instituições e infra-estruturas digitais críticas.
A aprovação, em Outubro, de uma proposta de lei nacional de combate à criminalidade cibernética, bem como os alertas emitidos por bancos e consultoras internacionais, como a Deloitte, reforçam a urgência de investir em protecção digital robusta e estratégias de resiliência para garantir a segurança das operações num ambiente cada vez mais interligado e exposto.
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