A Administração Geral Tributária (AGT) congelou, nos últimos dois anos, na província do Cuanza-Norte, contas bancárias de 18 empresas, por incumprimento de obrigações fiscais.
A medida tem provocado o encerramento de várias dessas empresas, com impacto directo no despedimento de trabalhadores e no agravamento da situação económica local.
A informação foi prestada à imprensa, sábado, em Ndalatando, pela presidente da Associação dos Empresários do Cuanza-Norte, Nádia Patrícia Júlio Laranjeira.
A responsável prestou esta informação quando falava à imprensa a propósito do Workshop sobre Fiscalidade, que decorreu nesta cidade, dirigido à classe empresarial local.
Adiantou que a situação levou à extinção de mais de 120 postos de trabalho, fundamentalmente nas áreas de exploração de inertes, segurança privada, comércio e agricultura.
A base do congelamento das contas bancárias dos empresários e, em alguns casos no encerramento de empresas, prende-se, principalmente, com a falta de submissão de declarações fiscais.
Esta situação tem resultado na aplicação de multas pesadas, cujos valores ultrapassam, em muitos casos, a capacidade financeira dos empresários.
Visando ultrapassar a situação, o grémio empresarial organizou um Workshop sobre Fiscalidade, para dotar os empresários de conhecimentos sobre gestão fiscal, no âmbito de uma campanha denominada “Salva a tua empresa” que a instituição está a levar a cabo.
A campanha visa ainda formar os empresários em matérias de gestão empresarial, gestão dos recursos humanos e procedimentos de concursos, no âmbito da contratação pública e modalidades de acesso ao crédito, que são dos principais desafios da classe na região.
A mesma visa potenciar os empresários com conhecimentos necessários para melhorar o exercício das suas actividades e evitar constrangimentos resultantes de incumprimentos fiscais. Participaram no evento 110 empresários de diversos ramos de actividades. O grémio de empresários do Cuanza-Norte tem 229 associados.
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